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MUNDO DIGITAL E SEGURANÇA: OS PERIGOS DAS FAKE NEWS

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Inicialmente, vamos entender o que é o termo Fake News, pois mesmo estando cada vez mais em evidência no mundo digital, algumas pessoas desconhecem o seu significado. De maneira clara e direta, Fake News são notícias falsas disseminadas no mundo virtual, com o objetivo principal de espalhar desinformações, e pior, influenciar pessoas sobre assuntos que estão em evidência no momento. Como se sabe, uma única notícia espalhada na internet pode viralizar de maneira muito rápida. Você já imaginou o estrago que uma notícia falsa pode causar?!

Atualmente, as redes sociais investem cada vez mais em recursos computacionais, dentre eles inteligência artificial, e em profissionais especializados na checagem de informações para atestar a veracidade da informação. Porém, tem sido cada vez mais difícil controlar a propagação em outros tipos de mídias, como por exemplo, em podcasts ou até em hospedagens de vídeos.

Mas, você sabe os verdadeiros impactos e perigos que a propagação de informações falsas causam?

Vamos a alguns exemplos de desinformações que podem causar, sejam eles em pessoas ou empresas. O estrago em alguns casos pode ser irreversível.

Quem nunca recebeu uma mensagem, acompanhada de um link onde é necessário inserir os dados pessoais, para, por exemplo, não perder acesso às redes sociais? Pois bem, esse tipo de mensagem trata-se de um golpe muito comum, o chamado engenharia social, camuflado de uma notícia importante, onde o principal objetivo é roubar dados pessoais dos usuários. É considerado Fake News, uma vez que existe risco à segurança da informação, e são arquitetados por criminosos cibernéticos, e o pior, com a disseminação em forma de corrente, se espalha rapidamente, muitas vezes sem controle.

É inegável que os brasileiros estão cada vez mais empenhados em assuntos relacionados a investimentos, educação financeira, criptomoedas, leilões virtuais etc. Com certeza, esse tipo de interesse é muito positivo, porém, como nem tudo são flores, aí está mais um assunto no qual os criadores de desinformação têm aproveitado para propagar falsas notícias.

Com oportunidades mirabolantes para ganhar dinheiro fácil, cada vez mais pessoas e até mesmo empresas são atraídas a disponibilizar facilmente dados que podem ser usados para aplicar golpes. Desconfie de ganhos astronômicos fáceis e antes de prosseguir com qualquer tipo de investimento, procure sempre em fontes confiáveis.

Com o passar dos anos, inúmeros cidadãos inocentes têm sido apontados como criminosos e procurados por autoridades policiais. Isso pode acontecer, por serem homônimos, fisionomia parecida com criminosos ou até mesmo montagens, onde uma pessoa mal intencionada cria montagens de cidadãos inocentes e vinculam a uma notícia de agressão, por exemplo.

Em diversos casos, as vítimas não conseguem provar sua inocência e viram alvo de multidões furiosas, que ao serem convencidas que estão de frente com um criminoso, fazem justiça com as próprias mãos.

Um exemplo muito claro de Fake News relacionado à saúde mundial, foi com a distribuição de imunizantes contra a COVID-19. Milhares de conteúdos disseminados com o intuito de propagar a desinformação e até mesmo o terror entre a população, alegando que os imunizantes teriam substâncias prejudiciais à saúde.

Mas não pense que esse tipo de desinformação é de agora. Voltando um pouco na história, é possível encontrar números que mostram quedas bruscas de vacinação contra a poliomielite. É claro que uma doença, considerada erradicada no Brasil, voltou a aparecer com aumento bem significativo no número de casos da doença.

Pensando em questões políticas, mesmo sem entrar a fundo no assunto, a disseminação de Fake News referente a opiniões partidárias, infelizmente se torna mais presente a cada dia, principalmente quando está próximo a eleições. Informações falsas sobre candidatos ou partidos são veiculadas e compartilhadas livremente em redes sociais e viralizam em uma rapidez assustadora.

O mais assustador é que, mesmo colocando a integridade física de cidadãos por todo o país em risco, os criminosos ganham cada vez mais apoiadores e principalmente patrocinadores para a disseminação de informações falsas. Por isso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza a página Fato ou Boato (https://www.justicaeleitoral.jus.br/fato-ou-boato), que integra o Programa de Enfrentamento à Desinformação.

A resposta é mais simples do que você imagina. Analisar alguns detalhes faz toda a diferença. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as dicas a seguir podem auxiliar na checagem de Fake News, vamos a elas:

  • Títulos de materiais muito chamativos e, em muitos momentos, bombásticos, são características de Fake News, pois estimulam o compartilhamento de mensagens em massa.
  • Erros gramaticais ou ortográficos grosseiros são um indício de informação falsa, uma vez que empresas sérias contam com equipe para revisão de texto.

Textos opinativos, camuflados de notícias, também são muito perigosos, pois no jornalismo profissional, quando é veiculado um artigo opinativo, este é assinado

  • por seu autor e não é confundido com uma notícia do veículo como um todo. Notícias devem ser neutras e não opinativas.
  • O cuidado com sites e canais desconhecidos é muito importante. Claro que uma notícia publicada por um site desconhecido deve ser considerada mentira, mas por precaução é importante pesquisar se em outros sites conhecidos a notícia em questão também foi publicada, pois se a notícia for realmente relevante e verdadeira, certamente as grandes mídias irão noticiar.
  • A veiculação de notícias antigas e fora de contexto também é um perigo e pode causar desinformação. Por isso, caso a notícia não mostre a data de publicação, faça pesquisas para saber quando o fato realmente ocorreu.
  • Atente-se se o endereço no qual a notícia está publicada é realmente verdadeiro, pois tem se tornado cada vez mais comum criminosos divulgarem links que aparentemente estão em veiculação verídica, mas na realidade direcionam para sites de conteúdos falsos.
  • E por fim, utilize agências de checagem de conteúdo. Aqui estão alguns exemplos: Aos Fatos, Boatos.Org, UOL Confere, Agência Lupa, Estadão Verifica, G1 Fato ou Fake.

Antes de compartilhar qualquer tipo de informação, faça uma análise sobre o contexto e avalie com muito cuidado a veracidade da informação. Utilize fontes seguras, pesquise em sites de checagem de fatos. Mesmo assim, se você ainda tiver dúvida, NÃO COMPARTILHE!

Com os exemplos mencionados, é possível entender que as Fake News são prejudiciais à segurança, não apenas no mundo cibernético, mas em esferas pessoais e profissionais. Por isso, dissemine informações seguras, e com certeza teremos uma nação mais coerente e sábia.

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Profª. Lusana Veríssimo
Gerente de Tecnologia Educacional